Biosul | Nós produzimos fertilizantes

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Já somos 7,7 bilhões de pessoas na Terra. Dependendo de quando você estiver lendo este texto, pode ser que já sejamos, quem sabe, 8 bilhões.  A cada dia, novos habitantes chegam, e com fome. Não é por acaso que o agronegócio recebe investimentos expressivos: a demanda por alimentos cresce e o desequilíbrio ambiental também, o que impacta diretamente na produtividade das lavouras.

A matriz em Vacaria, localizada no bairro Parque de Rodeios.

FERTILIZANTES, BIOLÓGICOS E MINERAÇÃO

A Biosul, empresa vacariense de fertilizantes, integra a cadeia de indústrias que se empenham em aumentar a produtividade no campo e a qualidade dos alimentos ofertados. Os fertilizantes são uma espécie de plus na alimentação das plantas, ajudando-as a atingir o equilíbrio de nutrientes para crescer de maneira forte e saudável.

“Nós atuamos principalmente com os fertilizantes foliares, destinados às plantas depois de germinadas. Eles são a alimentação complementar. Se nós comermos arroz, feijão, bife e batata frita todos os dias, nos saciaremos, mas não estaremos necessariamente nutridos. Precisamos de legumes, de frutas, de alimentos diversificados para uma alimentação equilibrada. Os fertilizantes são esses complementos na nutrição vegetal”, explica Tadeu Pontalti, sócio-diretor da Biosul.

Os sócios Tadeu Pontalti e Roger Amador. Marco Zanata também integra a equipe de sócios.

A Biosul também atua no controle biológico de pragas e na mineração. Está presente em Vacaria, Porto Alegre e Caçapava do Sul. A empresa possui joint venture com a IBC Agritec, indústria de biológicos localizada na capital gaúcha, e joint venture com a Mineração Butiaense, que extrai silicato de magnésio, localizada em Caçapava do Sul.

“Em um litro de um produto biológico nosso tem cerca de três trilhões de agentes biológicos, seres vivos que se multiplicam em contato com o solo ou planta e agem como defensivos naturais”, explica Tadeu. Ao todo, a Biosul oferta 60 produtos em oito linhas.

Os biológicos atuam no controle de pragas (fungos, bactérias e insetos), induzem o crescimento da planta e melhoram a microbiota do solo, de forma natural.

60 produtos são ofertados pela empresa entre fertilizantes e biológicos.

E o que a mineração tem a ver com a Biosul? Tadeu responde: “O silicato de magnésio é matéria-prima para a produção de tintas, cerâmicas, lonas de freio. Na agricultura, o magnésio e o silício são aplicados na correção do solo”, comenta.

RAÍZES NO CAMPO

A empresa nasceu em 2003, e nesse 18 de novembro, completou 16 anos. “Atuamos em todo o território nacional e também no Paraguai. Encaminhamos todos os registros para ingressar no mercado argentino e uruguaio. Temos clientes em Vacaria, e poderíamos ter muito mais. Mas como diz o ditado: santo de casa não faz milagre”, brinca Tadeu.

O gestor da empresa é filho de Waldemar Pontalti, que era pecuarista. O primeiro emprego de Tadeu foi na veterinária de Zulmir Stella. Com 16 anos, teve a oportunidade de comprar a veterinária. Nasceu assim a Agropecuária Pontalti, que logo depois passou a chamar Agropecuária Tradição. A Agropecuária era muito ativa em um momento em que a pecuária era intensa na cidade. Com o avanço dos grãos, Tadeu e seu irmão João Pontalti fundaram a Araucuária Sementes e, em 2003, a Biosul Fertilizantes. Hoje, cada um tem o seu próprio negócio.

EMPREENDER, APRENDER E ENSINAR

“A Biosul avança e inova ouvindo o produtor rural, identificando o que ele precisa, quais os desafios atuais. Digo sempre que não vendemos produtos, vendemos serviços. O nosso diferencial está na orientação que damos ao produtor na aplicação do produto e na presença, na visitação. Estamos na ponta. O índice de satisfação e recompra é de 93%”, comemora.

E é junto aos clientes e potenciais clientes que a Biosul desenvolve os seus produtos. Profissionais verificam as necessidades dos produtores, levando-as à equipe interna, desenvolvedora de novas fórmulas. “Primeiro desenvolvemos o produto-piloto dentro da Biosul. Se der resultado satisfatório, o encaminhamos para aperfeiçoamento nas entidades parceiras”, explica Tadeu. A Biosul investe 8% de seu lucro líquido em pesquisa, que é realizada pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agrícola e Extensão Rural (Epagri), além da Universidade de Santa Maria, da Fundação Mato Grosso, entre outras.

E onde a Biosul pretende chegar? Depende de sua capacidade criativa, e também da necessidade de seus clientes. Segundo Tadeu, a Biosul atua em um mercado altamente competitivo e mutante. Mas isso não o desanima, pelo contrário, é o que o estimula a avançar.

“Existem mais de 459* fábricas de fertilizantes em nosso segmento no Brasil, incluindo as multinacionais. Como sempre buscamos tecnologias novas, não tenho medo de dizer que Vacaria conta hoje com uma empresa de fertilizante foliar que está entre as três mais tecnologicamente preparadas”, avalia.

*Anuário da Abisolo, Associação Brasileira das Indústrias de Tecnologia em Nutrição Vegetal.

por Giana Pontalti | novembro de 2019.

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